Por esta porta entra o condenado que apenas deseja que lhe aliviem as últimas dores… Entra também aquele que se sair sem conseguir receber explicação para os seus sintomas, prometerá voltar em pior estado de saúde (Ontem, já o informaram que há dores que não se explicam… Apenas se sentem!) Por esta porta entra o turista, vítima de uma das armadilhas da cidade, e entra o imigrante a que apetece colocar um adesivo na boca de tantas vezes que já fez questão de referir que lá fora, no país para onde foi ganhar o seu pão, é que as coisas funcionam bem. Por esta porta entra a velhinha, já sem forças para respirar, que apenas chama pela mãe…. E entra o rapaz que empregou toda a sua força na bola, como se estivesse a disputar o jogo da sua vida. Por esta porta entra o homem de negócios, com a vida arruinada, apresentou a corda ao pescoço… Como não aprendeu a fazer nós para segurar a sua vida, mereceu desta mais uma oportunidade… Entra também o pobre-diabo que sem já nada a perder sabe que...