No centenário marcado sobre o teu nascimento. Minha amiga, estava à tua espera. Não te ouvi chegar, Mas também demorei muito tempo a dar pela tua ausência. Preciso de te pedir uma coisa… Ninguém me sabe dizer O que faço aqui sentado com as mãos enterradas nos bolsos… E de cabisbaixo ganha sentido persuadir as criaturas Subterrâneas a perguntarem se demoro muito A ir ter contigo ao reino onde cantas todas as noites. Digo barbaridades, e são bastantes as contradições Para perceberem de onde venho. Quanto mais Para onde sigo descalço!… Inquietam-se com a minha fome Quando da última vez que comi não precisei de jogar À cabra-cega para perceber que não estava sozinho à mesa. Preocupassem-se é com o silêncio! Já que o fado de cada um É saltar do berço para o caixão seria sensato terem-me Guardado as primeiras tábuas para esta urgência de naufragar. E se no fim eu preferir uma âncora? Isso é lá comigo! A minha capacidade para sofre...